O CANTO DO ESPANTO DA ALMA MORTAL
Como Moisés, Patriarca de Israelenses
- um povo, apenas mais um povo da Terra –
inventou suas leis e as escreveu,
também vou tomar o direito, a liberdade
de escrever novas leis que pensei.
Não sei, neste canto,
se minhas leis que escrevo
são inspirações de uma entidade
superior a mim, que
domina
e me invade e me faz escrever,
Não sei, neste canto,
neste espaço do planeta,
se minhas leis que escrevo
são somente produtos de minha
[mente
Invenções baseadas no que aprendi, vi e
[senti.
Minha interpretação da vida
- acima de todas teorias –
não concebe tanta matança
tanta crueldade praticada
com armas mortais
com instrumentos letais.
Se queremos verdadeiramente a paz
entre humanos e nações
devemos publicar um Decreto
[universal
proibindo as fabricações
de armas e munições
proibindo o porte de armas
apreendendo as armas do mundo
destruindo as velhas armas mortais
substituindo-as por argumentos
sim
precisamos falar mais
e matar menos.
Cantai, cantai, Povo do Planeta
este canto de paz
Não suportamos mais
o sangue jorrando dos corpos
por nada
por motivos fúteis
mortes inúteis.
E as guerras por terras!?
Que horror!
Não pode mais fazer parte
do script da humanidade.
E ‘ uma insanidade!
Enquanto aplicam trilhões
em dinheiros internacionais
em construções de armas letais
e bombas para destruição,
deixam de aplicar o suficiente
para acabar com a miséria
de grande parte da humanidade;
deixam de investir em mais
tecnologia para saúde geral /de toda a humanidade.
Basta aos armamentistas
egoístas
genocistas
criminosos
perigosos
exterminadores
de
humanos.
Chega de panos nos olhos.
As guerras precisam cessar
os filhos devem voltar
para suas casas, desarmados,
para o sorriso e alegria
de suas mães esperançosas
e
mulheres fogosas.
Basta de guerras nas igrejas
e mesquitas e bordéis
nossa crenças são ilusões
para tentarmos fugir da morte.
Precisamos, no entanto,
só de paz para pensarmos
numa vida melhor
para todos
sem lucros escravizantes
sem propriedades exorbitantes
sem fome, sem sede
sem a falta de lugar para morar
sem precariedade pra existir.
É possível, canto em meu canto,
em meus cantares proponho
estas leis novas, como fez Moisés,
sem armas, fora armas,
para que se tornem tradicionais
e cultivadas pra sempre
por toda eternidade
como lei universal
inspirada pela percepção
pela razão, pela mente e
[experiências
Resultados da evolução
humana
para fugirmos da condição
de raça insana.
Cantemos, cantorias mundiais
tradicionais, regionais, múltiplas,
rocks, blues, jazz, sambas, sonoridades,
cantemos todos cantos da Terra
pelo fim da guerra
pelo fim do lucro com a morte
[violenta
Cantemos, em bom som, tenta,
com todos instrumentos possíveis,
o novo sopro do badalo dos sinos
o refino do pensamento mundial.
Pela paz, e muito mais.
(Wlady, livro Adeus Sul, 2014)