sábado, 29 de maio de 2021

CANTO I - DO ESPANTO

O CANTO DO ESPANTO DA ALMA MORTAL


Como Moisés, Patriarca de Israelenses

- um povo, apenas mais um povo da Terra –

inventou suas leis e as escreveu,

também vou tomar o direito, a liberdade

de escrever novas leis que pensei.

 

Não sei, neste canto,

se minhas leis que escrevo

são inspirações de uma entidade

superior a mim,  que domina

e me invade e me faz escrever,

 

Não sei, neste canto,

neste espaço do planeta,

se minhas leis que escrevo

são somente produtos de minha

                                  [mente

Invenções baseadas no que aprendi, vi e

                                                [senti.

 

Minha interpretação da vida

- acima de todas teorias –

não concebe tanta matança

tanta crueldade praticada

com armas mortais

com instrumentos letais.

 

Se queremos verdadeiramente a paz

entre humanos e nações

devemos publicar um Decreto

                                [universal

proibindo as fabricações

de armas e munições

proibindo o porte de armas

apreendendo as armas do mundo

destruindo as velhas armas mortais

substituindo-as por argumentos

sim

precisamos falar mais

e matar menos.

 

Cantai, cantai, Povo do Planeta

este canto de paz

Não suportamos mais

o sangue jorrando dos corpos

por nada

por motivos fúteis

mortes inúteis.

 

E as guerras por terras!?

Que horror!

Não pode mais fazer parte

do script da humanidade.

E ‘ uma  insanidade!

 

Enquanto aplicam trilhões

em dinheiros internacionais

em construções de armas letais

e bombas para destruição,

deixam de aplicar o suficiente

para acabar com a miséria

de grande parte da humanidade;

deixam de investir em mais

tecnologia para saúde geral /de toda a humanidade.

 

Basta aos armamentistas

               egoístas

               genocistas

               criminosos

               perigosos

               exterminadores

               de humanos.

Chega de panos nos olhos.

 

As guerras precisam cessar

os filhos devem voltar

para suas casas, desarmados,

para o sorriso e alegria

de suas mães esperançosas

            e mulheres fogosas.

Basta de guerras nas igrejas

e mesquitas e bordéis

nossa crenças são ilusões

para tentarmos fugir da morte.

Precisamos, no entanto,

só de paz para pensarmos

numa vida melhor

para todos

sem lucros escravizantes

sem propriedades exorbitantes

sem fome, sem sede

sem a falta de lugar para morar

sem precariedade pra existir.

 

É possível, canto em meu canto,

em meus cantares proponho

estas leis novas, como fez Moisés,

sem armas, fora armas,

para que se tornem tradicionais

e cultivadas pra sempre

por toda eternidade

como lei universal

inspirada pela percepção

pela razão, pela mente e

                       [experiências

Resultados da evolução

                     humana

para fugirmos da condição

        de raça  insana.

 

Cantemos, cantorias mundiais

tradicionais, regionais, múltiplas,

rocks, blues, jazz, sambas, sonoridades,

 

cantemos todos cantos da Terra

pelo fim da guerra

pelo fim do lucro com a morte

                                  [violenta

Cantemos, em bom som, tenta,

com todos instrumentos possíveis,

o novo sopro do badalo dos sinos

o refino do pensamento mundial.

Pela paz, e muito mais.


(Wlady, livro Adeus Sul, 2014) 

sexta-feira, 28 de maio de 2021

DISTOPIA 

Somos nada e achamos que somos tudo. 
Vivemos sonhando com paraísos 
e habitamos num mundo absurdo. 

Nossa utopia é fugaz e passageira 
diante do temporal de incertezas.
 
Os fatos históricos de hoje 
repetem a eterna melancolia 
dos dias etéreos de ontem.
 
Somos pretérito imperfeito 
no meio da multidão
 
embriagados de ilusão. 

(Wlady, 12/6/2020)

ESCRAVOS DAS GUERRAS

Guerras não são novidades na história da humanidade. Desde as civilizações primitivas, passando pela antiguidade e chegando à modernidade, h...