sábado, 11 de janeiro de 2020

POEMA CAVERÁ



(Ao poeta Oliveira Silveira)


Serra do Caverá
Touro Passo, Caverazinho
Cerros da Cruz de Pedra
terra onde nasceu minha alma
e milhões de almas
em milhões de anos.

Campos verdejantes
gaúchos galopantes
revoluções e revoluções
estâncias com cercas de pedras
escravos e peões
patrões preparando guerras

correm os soldados em seus cavalos
levando armas de fogo e adagas e lanças
na frente o Leão do Caverá
general Honório Lemes
lutando contra o estado absoluto
do astuto Borges de Medeiros,
Flores da Cunha e seus companheiros.

Caverá das cavernas e lendas
dos índios Minuanos e Charruas
que varavam a pampa sulina.

Caverá, Caverá
haverá nas tuas terras a paz e o progresso
o sucesso do turismo
a descoberta do altruísmo
a devoção ao bem

festa das famílias nas lavouras
de soja, trigo e milho
vem de longe os laranjais
e querem mais: os olivais.
festa dos criadores de gado.

Caverá, serra e coxilha
no sul do hemisfério sul
onde nasceu minha alma
milhões de almas
milhões de anos.


(Vladimir Cunha Santos, 2009, do livro Só Poesia - Antologia Poética de Wlady)

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